Redação Oficial

  • Conceito: é a maneira pela qual o Poder Público redige atos normativos e comunicações.

  • Princípios:
    • Impessoalidade: quem comunica é sempre o Serviço Público, isto é, não há espaço para impressões pessoais da parte do redator;
    • Uso do padrão culto de linguagem: as comunicações devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão;
    • Concisão e clareza: deve-se tentar transmitir o máximo de informações com um mínimo de palavras. Também é preciso que o texto possibilite uma imediata compreensão pelo leitor;
    • Formalidade: como a administração federal é una, é natural que suas comunicações sigam um mesmo padrão.
  • Sendo assim, vejamos o que NÃO pode haver em um documento oficial:
    • Uso de palavras rebuscadas e de difícil entendimento;
    • Emprego de termos técnicos, gírias e regionalismos;
    • Palavras e termos desnecessários;
    • Ambiguidade;
    • Impressões pessoais.

  • Pronomes de tratamento:
    • Vossa Excelência:
      • Executivo: Presidente da República, Vice-Presidente da República, Ministros de Estado, Governadores e Vice-Governadores de Estado e do Distrito Federal, Oficiais-Generais das Forças Armadas, Embaixadores, Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial, Secretários de Estado dos Governos Estaduais;
      • Legislativo: Deputados Federais e Senadores, Ministros do Tribunal de Contas da União, Deputados Estaduais e Distritais, Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais;
      • Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores, Membros de Tribunais; Juízes, Auditores da Justiça Militar;
    • Vossa Santidade: Papa;
    • Vossa Eminência: cardeais;
    • Vossa Magnificência: reitores;
    • Vossa Senhoria: demais autoridades e particulares.

ATENÇÃO: Não usamos “Vossa Excelência” quando queremos nos referir a vereadores, mas sim “Vossa Senhoria”.

  • Vocativos:
    • Excelentíssimo: no caso dos chefes de Poder Federal (Presidente da República, presidente do Congresso Nacional e presidente do STF);
    • Santíssimo Padre: Papa;
    • Magnífico: reitor;
    • Eminentíssimo Senhor: cardeal
    • Senhor: todos os outros casos.

ATENÇÃO: Veja que, embora se use o pronome de tratamento “Vossa Excelência” no caso da maioria das autoridades, somente 3 delas levam o vocativo de “Excelentíssimo” (chefes do Executivo, Legislativo e Judiciário).

  • Usamos “Vossa” quando falamos diretamente com a autoridade. Quando nos referimos a ela em uma comunicação com terceiros, usamos o “Sua”.
  • É por isso que os endereçamentos de envelopes sempre iniciam com “A sua Excelência o Senhor Fulano”, ou seja, estamos falando, no caso, com quem vai entregar a correspondência à autoridade.

  • Fecho: tem o fim de arrematar o texto e saudar o destinatário:
    • Para autoridades superiores, usa-se o “respeitosamente”;
    • Para autoridades de hierarquia inferior ou semelhante, usa-se o “atenciosamente”.

  • Identificação do signatário: deve trazer o nome e o cargo da autoridade que expede o documento, abaixo do local de sua assinatura. É recomendável que não fique isolada em uma única página.

ATENÇÃO: As comunicações expedidas pelo Presidente da República são as únicas que não requerem a identificação do signatário ao final do documento. 

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